Dúvida em Harmonia

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    james_the_bronson
    Veterano
    # fev/07 · Editado por: james_the_bronson


    Comecei nas aula de Harmonia Funcional e já tomei surra no primeiro dia :\ ...

    O cara tinha começado falando que na música tonal o movimento comum era Tônica - Subdominante - Dominante - Tônica ( entre outras coisas explicou que Tônica era o momento de repouso, Subdominante era a tensão antes do clímax e que a Dominante era o Clímax ). Até aí beleza...

    Depois começou a falar umas coisas que não entendi. Ele colocou assim:

    Função Tônica => I - T, IV - T relativa, III - T anti-relativa.

    Função Subdominante => IV - S, II - S relativa, VI - S anti-relativa ( mas que o VI grau era mais usado como Tônica relativa ).

    Função Dominante => V - D, VII - D ( um D cortado ).

    As dúvidas são:

    - Quando falava sobre "T relativa" e "T anti-relativa" ele armou uns acordes e mostrou o porquê desses nomes ( ou seja, um relativo de outro ) mas eu não saquei como que ele fez isso...

    - Também não entendi porque a Função Dominante não tem "relativa" e "anti-relativa" e não sei o que é o "D cortado"...

    Valeu aí pela ajuda...

    Invalid User
    Veterano
    # fev/07
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    Não sei te responder, mas quando eu criei um tópico parecido com este, me disseram para postar minha dúvida aqui... =D

    james_the_bronson
    Veterano
    # fev/07
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    Invalid User

    Boa idéia, valeu =] ...

    james_the_bronson
    Veterano
    # fev/07
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    Help!

    james_the_bronson
    Veterano
    # mar/07
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    Sobe...

    andre735
    Veterano
    # mar/07
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    Quando o Tom for Maior as relativas estão terça abaixo e as anti relativas terça acima , isso vale tanto pra tonica quanto pra subdominante

    O D cortado é uma Dominante sem a nota fundamental , seria o mesmo acorde (dominante) só com terça , quinta , sétima e nona

    Ou seja , a dominante é G7 ( Sol, Si , Ré e Fá )

    O D cortado nesse caso é Bm7 -5 ( Si , Re , Fá e Lá )


    Bm7 -5 começa na segunda nota de G7 e adiciona a nona de G7 (Lá) , isso é o D cortado

    james_the_bronson
    Veterano
    # mar/07
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    andre735

    Opa, muito obrigado cara!!!

    Então é isso mesmo: 1º, 6º e 3º graus da escala podem ser Função Tônica??? Só não entendi porque o professor tinha armado uns acordes para mostrar a parada das funções relativa e anti-relativa :\ ...

    A verdade é que eu provavelmente não sei alguma coisa muito elementar :\ ...

    _FrEd_
    Veterano
    # mar/07
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    james_the_bronson

    Kr, soh seguir o seguinte:

    Funcão Tonica: I (substituido pelo VI e III graus)

    Função Subdominante: IV (Substituido pelo II grau)

    Função Dominante: V (substituído pelo VII)

    *Isso vale para a escala maior, escala menor harmonica e menor natural (soh que esta n tem a função dominante)

    * N sei pq o IV esta como Tônica e o VI esta no Subdominante

    BaNdAiD
    Veterano
    # mar/07
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    james_the_bronson

    Só uma coisa: Se vc não esta entendendo alguma parte da aula, tem que trabalhar nisso com o professor, senão vc não vai tirar o maximo de proveito da materia!

    james_the_bronson
    Veterano
    # mar/07
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    _FrEd_

    Sim, mas e os acordes??? Teria como dar um exemplo com acordes???

    BaNdAiD

    Uhum, valeu =] ...

    Digao
    Veterano
    # mar/07
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    james_the_bronson

    tente esquecer um pouco da matematica e trazer o negocio pro mundo real...

    harmonia funcional trabalha com tensao e relaxamento, bem e o mal, Yin e Yang, o de cima desce e o debaixo sobe... essas coisas...

    é legal de pensar em chao parede e teto... qualquer harmonia funcional vai trabalhar assim... vc comeca do chao, relaxado, sem tensao... dai muda pra parede... tem q fazer forca pra se segurar mas nao consegue ficar parado naquele lugar (da uma agonia hehe)... e a partir dai vc pode descer de novo ou subir mais ainda... e qd sobe o bixo pega, é a dominante, é qd vc nao aguenta mais (blues tá sempre na dominante), tem q fazer alguma coisa, tem q ir pra outro lugar pq ali é o inferno, é insuportavel... dai... qd vc nao aguenta mais vc volta pro chao... e comeca tudo de novo...

    tb tem outros caminhos, escute musica sertaneja mais tradicional (sem preconceitos ok) e veja como eles fazem o caminho bem desse jeito (e a letra acompanha).. veja a parte q entra no refrao, quase sempre o refrao cai na subdominante... pra depois voltar pro chao e no final do refrao ir pro teto e depois se espatifar no chao de novo (escute fio de cabelo do chitaozinho e xororo)...

    e qt a parte das relativas... é só pensar como se elas fossem irmas do acorde principal... tem a maioria das notas iguais mais com uma extensao... dai dependendo da melodia encaixa perfeitamente...

    luxcax
    Veterano
    # mar/07 · Editado por: luxcax
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    james_the_bronson

    Conhecemos tres funções quando falamos de Função Tonal, que seriam:
    Função Tonica (estavel), Função Subdominante (pouco estavel - intermediaria) , e Função Dominante (instavel).

    Função Tonica - I° grau. Podendo ser substituido pelo III° e VI° grau.
    Porque ??? Pela proximidade de algumas notas na formação dos acordes.
    Ex. Vamos considerar o Dó como tonica (I° grau)

    As notas seriam:
    C = do, mi, sol, si

    e a formação dos acordes q podem substitui-lo
    Em (III° grau) - Mi Sol Si Ré
    Am (VI° grau) - La Do Mi Sol

    ou seja, todos eles, tem pelo menos tres notas em comum em sua formação. Daí a semelhança nas funcoes.

    O mesmo ocorre com as outras funções.

    Função Subdominante
    F (IV° grau) - Fa La Do Mi

    podendo ser substituido pelo Dm ou Am (II° ou VI° graus)
    Dm - Re Fa La Do
    Am - La Do Mi Sol

    Função Dominante
    ocorre uma excessao nessa função, pois o acorde de Em (que seria uma das substituições), nao possui o Trítono (intervalo q caracteriza a Função Dominante, formado pela quarta e setima nota do campo harmonico em questao. Se o campo do exemplo é o de Dó, as notas q formariam o tritono seriam Fa e Si). Essas notas (ou tritono), sao responsaveis por gerar a tensao do acorde dominante.

    Acorde de G (V° grau) é gormado por Sol Si Re Fa
    as substituições seriam, Em (III° grau) ou Bm(b5) (VII° grau), mas como o Em nao possui o trítono, ele nao funciona na pratica.

    Em - Mi Sol Si Re
    Bm(b5) - Si Re Fa La

    O tal do D cortado pe a mesma coisa q o VII° grau, só q com um nome mais escroto.. :D q nao se usa ha 300 anos.,


    espero ter ajudado XD

    james_the_bronson
    Veterano
    # mar/07
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    luxcax

    Putz, matou a pau, valeu mesmo cara!!!

    Para fechar com chave de ouro, por favor: Por que a sétima entrou em todos os exemplos de acordes??? Exemplo: Dm - Re Fa La Do...

    luxcax
    Veterano
    # mar/07
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    james_the_bronson

    pq depois q vc começar a raciocinar em tétrades, nunca mais vai querer saber de tríades... :D

    mas nao só isso, tambem pq se nao tiver a setima (no dominante) nao tem tritono. Sem as setimas nao tem tensao, entao a função nao fica TÃO clara.

    espero ter ajudado...
    (to compiando sua frase... :D

    Mega
    Veterano
    # mar/07
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    Bm7 -5 começa na segunda nota de G7 e adiciona a nona de G7 (Lá) , isso é o D cortado

    Inclusive, a primeira inversão disso é Dm6, deve haver alguma relação mórbida nisso, quanto a ser D cortado. ;P

    _FrEd_
    Veterano
    # mar/07
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    luxcax

    Acho que ele quis dizer pq entrou a sétima, se na cifragem ela n estava...

    Silas Hammett
    Veterano
    # mar/07
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    james_the_bronson
    Ve si vc consegue o livro do Almir Chediak velho;muito bom pra estudar depois das aulas e ''fixar'' as ideias na mente.

    james_the_bronson
    Veterano
    # mar/07
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    luxcax
    _FrEd_
    Acho que ele quis dizer pq entrou a sétima, se na cifragem ela n estava...

    Também, mas não me refiro apenas à Função do D cortado. Todos os outros acordes. Eu ainda tenho na cabeça aquela parada de:

    Escala Maior: I, IV, V graus dão origem à acordes Perfeitos Maiores, II, III, VI graus dão origem à Pms, etc...

    Silas Hammett
    Ve si vc consegue o livro do Almir Chediak velho;muito bom pra estudar depois das aulas e ''fixar'' as ideias na mente.

    Sim, sim, já ouvi falar, valeu pela dica!!!

    james_the_bronson
    Veterano
    # mai/07 · Editado por: james_the_bronson
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    Então, outra dúvida pessoal:

    Aula de Harmonia Aplicada. O professor pediu para a gente experimentar as substituições em alguma música simples, de preferência música folclórica. Eu peguei "O Cravo Brigou com a Rosa":

    Tom: G

    --G----------------------Am
    O cravo brigou com a rosa
    --D7------------------G
    Debaixo de uma sacada
    --G7-------------C
    O cravo saiu ferido,
    ------Am-------D7--G
    E a rosa, despedaçada

    --G---------------Am
    O cravo ficou doente
    --D7-----------G
    A rosa foi visitar
    --G7--------------------C
    O cravo teve um desmaio
    ---Am---------D7----G
    A rosa pôs-se a chorar

    Dúvidas:

    - Aquele G7 é um dominante secundário. É aquilo que se chama modulação passageira??? E ele resolve no C???

    - Como eu Poderia fazr uma substituição ali??? É absolutamente a mesma coisa ou eu preciso respeitar o tom principal???

    _FrEd_
    Veterano
    # mai/07
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    Aquele G7 é um dominante secundário. É aquilo que se chama modulação passageira??? E ele resolve no C???


    N sei se eh isso que se chama de modulção passageira, talvez seja, mas acho que não eh, pois tem poucos acordes de uma nova tonalidade possivel... e se resolve em C, isso eh lógico (V7/V-V)

    Como eu Poderia fazr uma substituição ali??? É absolutamente a mesma coisa ou eu preciso respeitar o tom principal???


    Tu precisa n respeitar o tom necessariamente, caso o acorde tenha função definida, caso contrário o acorde eh de emprestimo modal:

    C => Am7
    G => Bm7, Em7
    D7 => G#7 (subV7) - esse ae n pertence ao C.H., mas tem função definida, então não eh considerado emprestimo modal

    james_the_bronson
    Veterano
    # mai/07
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    _FrEd_
    Tu precisa n respeitar o tom necessariamente, caso o acorde tenha função definida, caso contrário o acorde eh de emprestimo modal:

    C => Am7
    G => Bm7, Em7
    D7 => G#7 (subV7) - esse ae n pertence ao C.H., mas tem função definida, então não eh considerado emprestimo modal


    Eita cara, nunca estudei isso :\ ...

    james_the_bronson
    Veterano
    # mai/07 · Editado por: james_the_bronson
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    Pode dar um exemplo de como eu poderia substituir o G7 e o C por favor xD ???

    _FrEd_
    Veterano
    # mai/07
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    james_the_bronson

    Ué, o G7 n eh o V7 de C? substitui ele pelo VIIº (Bº), ou pelo subV7, que seria Db7 (IIb7)...

    o D7 seguiria o mesmo eskema aí de cima..

    Repare que os acordes dominantes que substituem ae, n pertencem ao C.H., mas eles tem função e n são de emprestimo modal... Emprestimo modal seria colocar, por exemplo, um acorde de Gm (Gm, Bb, Dm)... Esses n pertencem ao C.H. e geralmente n tem funçao (o Dm pode ser um IIm de um IIm V7 I, saka?... ae teria função) , soh tão la por estar sakou?

    james_the_bronson
    Veterano
    # mai/07
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    Foi mal, era o C...

    Mas o esquema é o mesmo...

    Esse lance de empréstimo modal e subV eu ainda não sei não. Mas valeu de novo cara!!!

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